Detesto quando o Universo me compreende…

Ontem, sem qualquer motivo aparente, lembrei-me de puxar de um assunto no qual remexo tão poucas vezes. Depois de ter começado, não me foi permitido parar, antes pelo contrário. As palavras foram-me puxadas a ferros e sei, bem que sei!, que no meu triste desenrolar, magoei alguém. Alguém que não o merecia.

“Entender o porquê das mágoas antigas é tão difícil em relação aos questionamentos dinâmicos, quanto às reflexões sérias que fazemos. Se você rebelar-se contra essas coisas, encare isso como algo natural e necessário. Você deve fazer essas perguntas a si mesma para evitar ferir outras pessoas que se sentirão inseguras se forem confrontadas por esses assuntos.”

Há monstrinhos difíceis de morrer, de desaparecer, de qualquer coisa excepto permanecerem eternamente na cabeça de pobres almas que, como eu, não lhes conseguem escapar, apenas esconder durante escassos pedaços de tempo.

Não sei. Não sei mesmo.

Agora… volta a dar ao assunto: não há! É continuar o relato, apresentar questões e esperar que do outro lado não nos julguem mal.

Palavras que ferem...

Ainda não o consegui comprar, quanto mais ler...
Mas apanhei este excerto, que deliciosamente roubei à Misshiva:

"O gelo é frio e as rosas são vermelhas. Estou apaixonada. E este amor vai decerto arrastar-me para longe. A corrente é demasiado forte, não tenho escolha possível. Pode muito bem levar-me até um sítio especial, a um mundo inteiramente desconhecido. A um lugar povoado de perigos, onde esteja escondida alguma coisa que acabará fatalmente por me ferir. Posso acabar por perder tudo. Mas já não posso voltar atrás. Só posso deixar-me ir com a maré. Mesmo que comece a arder, mesmo que desapareça para sempre.
Sei agora, depois dos factos consumados, que a sua profecia estava certa - cento e vinte por cento certa."

Haruki Murakami, Sputnik meu amor

Há palavras que vão fazendo sentido...

São as palavras debitadas, à veloz velocidade do vento, atiradas à parede ou criteriosamente acertadas...

Rasteiras, rasteiras e mais rasteiras...

A vida não pára de me surpreender.

Dia dos animais

Tendo em conta que hoje é o dia deles (e que até me deram os parabéns por ser também o meu dia… *meow*) e como no fim-de-semana andei a remexer em telemóveis fora de circulação, encontrei fotos dos meus dois fofos espalhadas por tudo quanto era tecnologia, e não poderiam ter outro destino que não este…

Ai a minha vida...

Devia ter comprado os lençóis...

Mais um furinho!

Assim não dá...
Mais um furo no cinto?? Não tarda nada tenho cintura de vespa, não?

Já recomecei a comer porcarias, a dieta tive de a mandar para o espaço há pelo menos 3 meses, tenham dó, sim??

Por favor, preencha o seu nome completo

Desde ontem que me dediquei à busca de mais contactos para trabalho.
Alguns bem interessantes, diga-se de passagem...
Nos sites de algumas dessas entidades, deparei-me com as inscrições online para bolsas internas/externas e como disparo sempre em todas as direcções, não quis deixar nada para trás.
Vai daí, comecei a preencher os formulários online de algumas.
Mas (há sempre um mas!), tropecei num desses tais interessantes e ao começar a preencher o formulário, deparo-me com a seguinte indicação:

Por favor, preencha o seu nome completo.

Assim o fiz. Quando olhei o ecrã, nem completei o sobrenome.
Mas pensarão que nos chamamos todos António Silva?
Sou da geração de 70!
Tenho um pomposo nome comprido que nem um peixe-espada!
Como os nomes de família me foram dados por um motivo, não prescindo deles.
Optei então por abreviar o meu pouco elegante "Maria" para um estranho "M.ª" por forma a poder escarrapachar no formulário o meu orgulhoso "de".
Mai nada!

Tirem-me este encosto, please!!

Acreditariam se vos disser, que o microondas acabou de morrer agora mesmo?

Alguém mete uma cunha?

Eu devo andar numa grande maré de azar...
Primeiro avaria-se-me o secador de cabelo.
Dias depois aquela confusão da tomada que entrou em curto e pensava eu que a máquina de lavar louça tinha ido pro espaço.
Como se fosse pouco, na noite mais fria do ano descobrimos que o ar condicionado do quarto optou por só fazer fresquinho (sem cura possível). O que significa que temos uma ventoinha enorme na parede :S
A seguir, foi o aspirador, que, a meio da sua função, resolve morrer, obrigando-me a montar na vassoura à falta de algo melhor.
O aquecedor da sala morreu ontem à noite....
Não! Isto não é normal...
Alguém conhece alguma bruxa de elctrodomésticos? Ou meta uma cunha por mim a algum santinho electrificado...
Por este andar até a máquina de lavar roupa morre e tenho de ir para o tanque!

É quase Dezembro...

Depois da crise de ontem, hoje trabalhei a dobrar.
Já não posso com a casa!!
Decidi que já que ía limpar, o melhor é fazer a porcaria toda de uma vez. Fui buscar o pinheiro de Natal (que de pinheiro nada tem!), montei-o, espetei-lhe com as luzes e atirei com os enfeites. Tive azar com o par de asas. Parece que do ano passado para agora, lhe deu a moléstia e em pleno voo foi largando penugem, que ficou a pairar durante bastante tempo. Só me lembro de pensar: "foda-se! ainda bem que ainda não tinha aspirado..."
Não me sinto com o menor pau pra Natais e outros que tais, mas só pelo que as luzes me transmitem, já vai valendo a pena.
Deixei a árvore a piscar na entrada da casa, olhei para as asas e achei que não estavam bem naquele ramo, mas só para não haver mais penugem a voar, nem lhe mexi. Que se lixe! Daqui por um mês está tudo nos sacos outra vez!


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O tempo não chega para tudo, não é novidade para ninguém...
Mas noto que estou a ter dificuldade em estabelecer objectivos e conseguir cumpri-los.

Tive um "vaipe"...

Conhecem o conceito?
Pois bem, ao terminar o post anterior tive um dos ditos, deu-me uma fúria e entrei no site das Finanças.
Introduzi o nº de pagante (i.e. de contribuinte) e na pass digitei o que sempre pensei que fosse, mas em maiúsculas e logo me disse: Bem vindo(a) Raquel ...
Há tiros de sorte.... :D

Recuso-me a ser um número!

Às vezes é dificil compreender como podemos ser tratados como números, estatísticas...
Estaremos a perder o que resta da nossa humanidade como indivíduos?
Acabei de saber que vou fazer parte do "fornecimento de serviços" a um cliente... Isto de normal não tem absolutamente nada! Serei um buffet? Ou pior ainda...
Nem quero pensar nisso.
São termos como estes que me fazem odiar esta profissão. Aliás, não é a profissão. É a empresa.
Isto não é forma de tratar as pessoas.
Só me dá repúdio...