Pim-Pam-Pum

Às vezes não sei como diga as verdades.
Outras vezes tenho consciência de que existem verdades que não devem ser ditas, nunca.
Não que se escondam atrás de mentiras, nada disso. Apenas mantê-las nas brumas da ignorância.
"O que os olhos não vêem, o coração não sente", é mais ou menos este o caminho.

Parece-me óbvio que não apareci agora no meu blog simplesmente para vir vomitar uma qualquer verdade.

Não vos devo qualquer verdade. A ninguém, sejamos honestas, Smoo...

Mas tenho verdades que escondo.

Verdades que magoariam. Verdades que chocariam. Verdades capazes de alterar o rumo de vidas.

E pronto, era esse o (semi-)desabafo (semi-)tardio de hoje (ou amanhã?).

FDS pouco usual

Após dois (2) dias sem fazer um (1) cu (é a expressão mais aproximada que conheço, ok?…), eis que o meu Domingo foi passado entre uma batalha virtual com a cara-metade, um duche original, no quintal, usando apenas água e energia solar (e acreditem que a água queimava mesmo!), um franguinho na brasa, a limpeza da casa, umas compras de última hora, os tratamentos de todos os membros do nosso gado felino, meia dúzia de lérias pela Internet, louça lavada e almoço de amanhã na marmita, e mesmo tendo dormido 16 horas seguidas, estou pronta para mais…

A haver culpados… quem poderá ser?

Talvez as sardinhas em tomate (super-hiper-mega-etc-e-tal) picante do almoço de 6ª feira. Eu avisei….

Vou bazar

Assim, gradual e lentamente, estou a sentir-me a cair.

Já quase lá no fundo.

Isto significa, portanto, que não estou em condições de me aturar a mim, quanto mais a vocês.

Vou bazar. Não sei quanto tempo. Não vou atender telemóvel. Não vou responder ou encaminhar mail.

Vou fazer um shut-dowm, por tempo indeterminado.

Se ao fim de uma semana eu não pestanejar... aí podem procurar por mim, caso contrário, aproveitem a minha ausência de mim.

Dia dos animais

Tendo em conta que hoje é o dia deles (e que até me deram os parabéns por ser também o meu dia… *meow*) e como no fim-de-semana andei a remexer em telemóveis fora de circulação, encontrei fotos dos meus dois fofos espalhadas por tudo quanto era tecnologia, e não poderiam ter outro destino que não este…

curiosamente

o sabor da menta desaparece rápido

Saudade

Tenho cá na ideia, de que vai ser um longo fim-de-semana.

Saídas ficam fora de questão. Se apanho mais chuva encolho...

Namorar, sinceramente, não me está a apetecer... Ando com o pensamento noutras paragens.

Dormir... Já dormi o suficiente hoje. Logo depois se vê.

Tenho dado comigo a espreitar para lá da janela, não sei se para um ponto ao longe ou se para alguma coisa mesmo ali.

E pensado, pensado muito.

Recordei hoje mais situações do que as que pensava terem acontecido.

Intensas. Não sei como as tinha aqui perdidas, nem sei se na cabeça se no peito.

Sempre vivi relações intensas, sentimentos arrebatadores.

Coloquei um ponto final nisso precisamente há... quando foi?

Tenho passado pelo resto de espíritio livre, solta e sem amarras.

E de repente... não sei o que pensar. Quanto tempo depois?

A garrafa ficou a meio. As pétalas caíram todas. Talvez seja altura de receber outra flor.

Sem dúvida, vai ser um longo fim-de-semana...

A música? Apenas porque gosto, ou apenas porque tenho saudades.
Saudades disto, daquilo e de ti...

Ai a minha vida...

Devia ter comprado os lençóis...

Como hoje...

Há noites em que a Lua me deixa dormir serena e outras em que me agita.

Nas restantes, tira-me o sono...

Como hoje.

Assim do nada, uma estranha vontade (necessidade?) de chorar, tenta sobrepor-se à carga do dia.

Não deixo que aconteça. E para não deixar que aconteça, exponho aqui essa vontade/necessidade em forma de purga.

Não quero chorar, não tenho motivo para o fazer.

Pelo menos aparentemente.

Começando a pensar um pouco, até me ocorrem algumas coisas, como o que quase fiz à pouco e que não fiz porque por acaso não cabia, mas se coubesse eu tê-lo-ía feito e provavelmente no dia seguinte estaria arrependida e nunca gostei de me arrepender de nada que tenha feito.

Confuso? Nem por isso...

Ou será pela indiferença e frieza que sinto roçarem-me a pele?

Será uma dor no ego sequioso?

Será apenas um lamento que ninguém ouve?

Será que as minhas suspeitas se confirmam?

Enlouqueci de vez?

Updating my life

Já nem sei há quanto tempo não o faço, um update na minha vidinha.

Depois que consegui repôr a minha vida profissional (e sanidade mental!), após nove desgastantes meses de desemprego e de bater com a cabeça nas paredes e de olhar com ar de dúvida para os meus pulsos, resisti a cortá-los em fatias com a colher de sobremesa, mantive toda a minha dignidade e perseverança, atravessei de peito aberto a palhaçada em que se tornou o julgamento onde me tentaram roubar profissionalismo e seriedade e quatro meses depois, aqui estou eu.

De pedra e cal.

Um destes dias fui comprar calças, com o meu habitual desespero do "vou despachar-me que não aguento estar aqui dentro muito tempo" (é verdade... posso ser gaja em muitas coisas, mas não me arrastem para fazer compras! Odeio! Detesto!), experimentei dois pares, sempre largos, até que um par de calças lindo me serviu, olhei para a etiqueta e... era um 34!...

Um 34? Mas eu não páro de emagrecer?

Fui pesar-me há uma meia-hora e 55 kgs não me soou nada bem.

Estou a ficar demasiado magra? (Bolas, sou mesmo diferente das outras...)

Dizem-me (más línguas...) que ando a fazer demasiado exercício físico. Mas existe, exercício físico a mais?

As boas línguas, por seu turno, chamam-me má...

Voltando ao primeiro parágrafo (porque óbviamente descarrilei do tema inicial), ando de cabeça no sítio, finalmente!, sei o que quero e o que não quero. Só falta lá chegar. E o mês de Setembro, finalmente a sentença! Mal posso esperar.

Entretanto, e a propósito de acontecimentos recentes, aconselharam-me a "comprar uma peruca e uns óculos grandes". Acho que entendi a mensagem. Fica registado!

Aprendi uma expressão nova, "a mamar para crescer". Ainda estou a tentar entender o alcance disto... Eu chego lá!...

A fase criativa arrasta-se, prolonga-se...

Sim, as telas andam por ali, aborrecidas de tanto branco, os pincéis estão tristemente limpos e a bancada assustadoramente arrumada. Cena triste de ver...

Safa-se a escrita, que nasce em qualquer lado. Sim, ralhem comigo...

Para que não me esqueça

Sinto falta da tua calma, do teu olhar, do teu sorriso, do teu toque, do teu abraço, da tua respiração, da tua voz quente e doce, do teu ombro, do teu peito, do teu beijo, da tua língua indisciplinada, do teu calor, do teu sexo, da tua conversa, das tuas costas, de ti, de te sentir ...

(adaptado)

While Your Lips Are Still Red - Nightwish

Não sei se da Lua, se da espectativa, se da ansiedade, se da fuga.
Preciso de tudo isto e de muito mais...

Sweet little words made for silence not talk

Young heart for love not heartache

Dark hair for catching the wind

Not to veil the sight of a cold world

Kiss while your lips are still red

While he's still silent

Rest while bosom is still untouched, unveiled

Hold another hand while the hand's still without a tool

Drown into eyes while they're still blind

Love while the night still hides the withering dawn

First day of love never comes back

A passionate hour's never a wasted one

The violin, the poet's hand

Every thawing heart plays your theme with care

Kiss while your lips are still red

While he's still silent

Rest while bosom is still untouched, unveiled

Hold another hand while the hand's still without a tool

Drown into eyes while they're still blind

Love while the night still hides the withering dawn

Kiss while your lips are still red

While he's still silent

Rest while bosom is still untouched, unveiled

Hold another hand while the hand's still without a tool

Drown into eyes while they're still blind

Love while the night still hides the withering dawn

(imagem algures da internet...)

E um dia fui chamada de feiticeira...

"Não sei o que me fizeste... Deixaste-me enfeitiçado"




Por acaso não tem mesmo nada a ver com a imagem.
Porta-chaves gigante vindo de Vila Nova de Gaia.
Obrigada, L.! É mesmo a minha cara....

Trick-or-treat!


"Olha... temos pena!"

Sempre a lua...

Ontem à noite, num misto de esperança e de desespero, saí para o quintal e olhei o céu.

Não na esperança de ver a tal falada aparição de Marte, mas apenas para olhar o luar...

O mesmo luar que tenho observado ao longo destes anos todos, a mesma lua a partir da qual a minha mãe criteriosamente calculou a data do meu nascimento. E com toda a precisão, diga-se...

A lua estava redondinha, muito brilhante e limpa.

Não havia qualquer nuvem à sua volta, apenas algumas estrelas cintilavam e mais em fundo o céu estava rosado de uma forma invulgar.

Sentei-me no chão a observá-la.

Lentamente acalmei-me. E foi no momento em que dei por mim de cérebro totalmente liberto de pensamentos, sons e cheiros, apenas com a imagem da lua, assim tão nítida, que me apercebi de que tudo estava bem.

Foste tu, Lua. Não se brinca assim comigo...

Em todas as horas de insónia, nunca sequer me lembrei desta partida que em outros tempos me pregaste.

Todos estes anos influenciaste a minha vida, de uma forma ou de outra.

E hoje continuas a fazer questão de me lembrar de que andas por aí, sempre a olhar para mim, por mim...

Por uns tempos esqueci-te aí em cima, como se não tivesse necessidade de te olhar. Ambas sabemos, das noites sem fim a olharmo-nos uma à outra. Troca de pensamentos, mesmo sem nunca saber o que pensas.

Mas agora está tudo bem. E de uma vez por todas, não me vou esquecer de que és tu que pregas estas partidas, Lua Brincalhona...

Sinto-me tão leve...