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sábado, 11 de julho de 2009

11 de Julho

11 de Julho...
Este post impõe-se, antes que passe da meia-noite e seja um outro dia.
Um ano...
Faz hoje um ano que recebi a carta, aquela mesma que uns meses depois ditou a abertura de outras portas, outros corredores na minha frente.

Deixei para trás o ambiente de camaradagem mais espectacular que alguma vez tive. E se bem que nos últimos meses andava num ritmo praticamente insano, continuava a gostar de lá trabalhar. Sempre gostei...
Demorei um pouco a digerir o tão injusto despedimento, senti-me injustiçada e acima de tudo um pouco "vítima" de um esquema que nada mais foi do que "despachar" o maior número possível de funcionários dos quadros para ficar apenas com os contratados, que são mão-de-obra muito mais barata... E se acham que não tenho razão, os dois colegas despedidos na semana anterior ao meu despedimento são prova disso, assim como os seguintes, que não faço ideia se ou quantos, porque me desliguei por completo. Nem sequer mantive contacto com a maior parte dos colegas e mesmo os que mantive, apenas se limitaram ao estritamente necessário, salvo raras excepções, aquelas em que o estatuto de "amigos" sempre se sobrepôs ao de "colegas".

Mas apesar de tudo e de ter alturas em que afundava e outras em que vinha à tona, nunca realmente bati no fundo e foram principalmente família e amigos e o meu bom humor que me mantiveram sã e igual a quem sempre fui.
Depois da palhaçada que foi o julgamento, espero, sem qualquer pressa, pela sentença, sabendo de antemão que "não temos dinheiro para lhe pagar". Temos pena... Vou espremê-los...
Antevêem-me uma quantia avultada, pelos vistos. Não me admira assim que as advogadas me aconselhem a usar o que ainda tenho, que dá para mais 2 ou 3 processos e "fecharia a casa", não pensando que também os meus colegas têm família e outros compromissos. Nunca o faria, tal como não pedi a nenhum deles que fosse minha testemunha em tribunal.
E tudo por causa disto... E que por acaso (apenas por acaso!) me FOI PAGO, tem o MEU NOME e (imagine-se!) ESTÁ PUBLICADO!
Agora com a vida mais estabilizada, trabalho de novo, mantenho a cabeça à tona com a devida sanidade mental incólume, e começo a reflectir nas palavras do H., penso que tinha razão quando disse que eu devia pensar neles como uma droga da qual finalmente me libertei.

3 comentários:

  1. não têm...isso dizem sempre eles..é sempre a mesma conversa...senão pagarem uma acçãozinha executiva e espremes com eles!!! umas penhorazitas,uns arrestos e tal...
    se precisarem de uma boa solicitadora apita que a que trabalha connosco é optima

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  2. Olha, tenho um processo assim a decorrer (não sabia do teu). Este teu feliz desfecho, se o é, dá-me força ou animo ou sei lá, para continuar.
    Há que lixá-los.

    Beijo

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  3. O tempo passa e nós seguimos enfrente, felizmente tu conseguiste seguir enfrente, mas estou como a sopa, não lhes dês o gosto de se ficarem a rir, não tem arranjem...

    Boa semana
    Jorge

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