Há muitos, muitos anos (como podem ver pela foto) trabalhei com uns primos, cheios de ideias e aldrabices.
A essa altura, o negócio era cerveja. Ora a ideia era montarem umas banquinhas nas feiras da zona e vender cerveja por uma quantia bastante razoável, que incluía o copo, a tulipa ou a caneca de vidro, da respectiva marca que estivessemos a vender.
Perdi a conta aos barris que sangrei, mais ainda às cervejas que da minha mão íam saíndo.
A partir da meia-noite instalava-se a sã competição, eu e a R., cada uma na sua máquina, era vê-los em fila à nossa frente e tentar ser a mais rápida a tirar as cervejas, com o primo a fornecer-nos os copos directamente às mãos. Eram momentos atrapalhados mas ríamos à brava, talvez já devido aos vapores.
Nessa altura, as noites terminavam invariavelmente às 6 da manhã e aulinhas para dar às 10. Tão bom... a pedalada que se aguenta quando se é jovem e inconsciente. Que saudades!
Mas isto, pensarão, não tem nada a ver com relógios....
Pois não. Deixei-me levar pela memória.
Certo dia, o fornecedor dos copos atrasou-se com qualquer coisa, e precisavamos de bastantes copos para essa noite.
Vai daí, enfiámo-nos todos no carro, primo, prima, eu mesma, a R. e a X. com as suas socas de madeira.
E aí fomos, para Lisboa, ter com o fulano já nem me lembro bem onde, mas lembro, e bem, da viagem de regresso.
Imaginem então o cenário...
Mês de Agosto, hora de ponta, Rotunda do Relógio, o carro avariou!
Bom, saímos todos do carro para começar a empurrar o carro para local mais conveniente, os primos na frente, eu, a R. e a X. cá atrás.
Foi muito estimulante, ver passar as carrinhas das obras, carregadinhas de trolhas e levar com bocas do tipo: "eh mano, aguentas-te com isso tudo?", "Deixa levar pelo menos uma!".
Uma das socas de madeira da X. ficou numa dessas carrinhas... Mau feitio... (R.I.P.)
O que era bom era podermos continuar com essa pedalada toda!
ResponderEliminarLOL Isso é que foi uma aventura! eheh
ResponderEliminarbeijinho