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terça-feira, 28 de agosto de 2007

Sempre a lua...

Ontem à noite, num misto de esperança e de desespero, saí para o quintal e olhei o céu.
Não na esperança de ver a tal falada aparição de Marte, mas apenas para olhar o luar...
O mesmo luar que tenho observado ao longo destes anos todos, a mesma lua a partir da qual a minha mãe criteriosamente calculou a data do meu nascimento. E com toda a precisão, diga-se...
A lua estava redondinha, muito brilhante e limpa.
Não havia qualquer nuvem à sua volta, apenas algumas estrelas cintilavam e mais em fundo o céu estava rosado de uma forma invulgar.
Sentei-me no chão a observá-la.
Lentamente acalmei-me. E foi no momento em que dei por mim de cérebro totalmente liberto de pensamentos, sons e cheiros, apenas com a imagem da lua, assim tão nítida, que me apercebi de que tudo estava bem.
Foste tu, Lua. Não se brinca assim comigo...
Em todas as horas de insónia, nunca sequer me lembrei desta partida que em outros tempos me pregaste.
Todos estes anos influenciaste a minha vida, de uma forma ou de outra.
E hoje continuas a fazer questão de me lembrar de que andas por aí, sempre a olhar para mim, por mim...
Por uns tempos esqueci-te aí em cima, como se não tivesse necessidade de te olhar. Ambas sabemos, das noites sem fim a olharmo-nos uma à outra. Troca de pensamentos, mesmo sem nunca saber o que pensas.
Mas agora está tudo bem. E de uma vez por todas, não me vou esquecer de que és tu que pregas estas partidas, Lua Brincalhona...

Sinto-me tão leve...

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