Nome lixado...

Recebi esta por mail e logo me fez lembrar de um episódio bastante caricato, passado comigo e com a R.

(agora, imaginem a Mulher à procura e a gritar o nome dele!...)

Pois é...
A casa começava a ter alguns (poucos) móveis, mas mesmo assim, as duas em casa, aquilo acabava por estar vazio na mesma.
Um belo fim-de-semana, o R. resolveu presentear-nos (imagine-se!) com um periquito muito bonitinho, numa gaiola toda janota, e de canto bastante irritante.
Seja como for, acabei por me habituar ao bicharoco.
Nesse mesmo fim-de-semana, reunidos em casa com amigos, resolvemos baptizar o projecto de papagaio.
Muitos nomes foram atirados para o centro da discussão, e a cada nome tentávamos que o bardaroco reagisse, por forma a escolhermos o melhor nome.
- "pássaro!" nada...
- "piu-piu!" nada...
Montes de nomes foram testados, até que o R., já chateado, diz:
- "Não queres nome? Tão vai pró caralho!", "piu piu piiiu"
Imaginam a nossa cara né?
E também devem imaginar qual o nome de baptismo do periquito...
Pois como era pequenino, passou a ser chamado ed Caralhinho (não se riam, é a mais pura verdade!).
Fomos ficando cada vez mais satisfeitas com a presença daquele amiguinho de penas azuis, que quase falava connosco e que desde cedo se habituou a voar pela casa. Acho que a gaiola apenas lhe servia de espaço de refeições. Sim, porque o resto... Adiante!
Este caralhinho era tão sociável, que às refeições vinha petiscar no nosso prato, bebia a água dos nossos copos, quando nos deitávamos na cama tapadinhas a ver TV ele vinha deitar-se perto das nossas cabeças. Enfim, um amigalhaço!
Mesmo quando os amigos lá íam a casa, achavam piada ao facto de ele nos apanhar a fumar e vinha logo esvoaçar à nossa volta ou então pousava no nosso ombro e tentava roubar o fumo directamente da nossa boca.
Um verdadeiro boémio, aquele Caralhinho. Só nunca o vi beber cerveja...
Ora um belo dia, as duas meninas tinham calor e abriram a janela da cozinha, esquecendo que o penas andava à solta e quando demos por ele, voou janela fora!
Debruçamo-nos as duas à janela, tentando ver para onde tinha ido.
Vimo-lo pousar numa das árvores da rua perpendicular à nossa e decidimos ir lá tentar apanhá-lo.
Quando lá chegámos não o vimos mais. E o que aconteceu?
Pois...
Chamámos por ele...
Conseguem imaginar duas malucas no meio da rua:
- "Caralhinho! Caralhinho!"
Nunca mais o vimos... :(