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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Fio de ligação

Para que se entendam melhor certos episódios que aqui tenho relatado, convém começar do início.
aqui falei do apartamento que dividi com alguns amigos. Pois vou agora contar como me meti nessa estranha e recompensante aventura.
Resumidamente, vim parar a esta cidade devido a um conjunto de circunstâncias peculiar: tinha por cá o meu namorado da altura, a minha irmã vivia por cá e quando cheguei ao 12º ano a escola que eu frequentava não tinha a área que eu pretendia.
Junta-se o útil ao agradável, e eis-me no Montijo, a fazer o meu 12º ano, hospedada em casa da mana e com o rapaz por perto.
Passaram-se 2 anos, uns dos quais a completar o 12º e o outro a tentar entrar na universidade e arranjar sustento.
Foi por esta altura, e para me ocupar, que me inscrevi e entrei no (quiçá) mais antigo curso de formação de formadores, agora tão na moda. Psicotécnicos superados e eis-me ocupada.
Após 10 meses de curso e estudo intensivo, completei tudo com um brilhante estágio com nota máxima e entrei no mercado de trabalho, na empresa que me formou.
Um ano depois, já não tinha aquele namorado, já andava de candeias às avessas com a família e apenas porque podia, comecei a procurar casa.
Frequentava na altura o café da minha prima, que ao saber que eu andava á procura de canto, comentou comigo que conhecia alguém que também andava à procura e que talvez fosse interessante alugarmos juntas.
Dias depois apresentou-me a R. Já a conhecia, dali do café e de outras paragens incertas, apesar de nunca termos falado.
Ela andava por poiso incerto (a mãe expulsara-a de casa) e em casa do namorado a situação era um pouco... populosa. Então decidiu procurar casa com o namorado e quando a minha prima lhe falou de mim (óptimas referências, aposto!), a hipótese de despesas partilhadas sabia bem a ambas as partes.
Ele (o R. deste post) na altura estava na tropa e fomos nós duas que procurámos, visitámos, analisámos... tratámos de tudo!
Até que um dia...ele só precisou de vir a casa no fim-de-semana.
Revelaram-se um casal simpático, a empatia entre os três era tal, que eramos conhecidos pelo "casal de três" (pano para outras mangas, quiçá...).
O R. bem dizia: "Só eu e o Marco Paulo. Só que eu só tenho morenas!"
E íamos vivendo felizes os três, bons amigos e cúmplices.
Mobiliário não tínhamos ainda, apenas dois colchões e algumas cobertas, uma tv a preto e branco, alguidares que nos serviam de mesa, tudo muito parco, mas feliz e asseado.
Durante a semana, quando o R. não estava, ía para o quarto deles ver tv e acabava por ficar lá a dormir com a R. (isto deu uma história que tenho mesmo de contar noutro dia - como os homens são complicados!).
Uns meses passaram e a necessidade de comprar alguns bens materiais fez-nos prescindir de uma sala (que não utilizávamos, diga-se...), que "disponibilizámos", após reunião "familiar", a um casal amigo que procurava poiso temporário.
E foi assim que o ramalhete estava quase composto: no lado direito da casa, o casal gay, ao centro, o casal hetero, à esquerda moi même, a bi.
Depois chegou a L., a miúda mais curtida à face do planeta.
Voltarei a estas paragens...

9 comentários:

  1. Volta aqui rapidamente...Fiquei curiosa em relação ao desenvolvimento!

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  2. Humm... isto está melhor que a minha blogonovela dos Sábados :-)

    Venham rápido os restantes capítulos :-)

    Jorge

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  3. Gostei! Tens de continuar esta tua história de vida ;)

    beijinho

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  4. Voltarei, sim...
    Não sei com que frequência escreverei acerca deste capítulo tão longo que durou pouco mais de um ano. Curto mas prolífero, garanto!

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  5. Obrigada! Mas acho que vou precisar da tua advogada!...(para resolução de uns conflitos patronais).
    Kiss

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  6. Huummm... e ainda vamos na Pré História!

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  7. Oi estrela!
    Ainda não li o post... vim cá em missão: Lancei-te um desafio lá no VC, agarras-te a ele?
    Bjs
    F

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  8. Uii Nina... :( Qualquer coisa tenho o mail por aí no meu perfil, ok? ;)
    mfc: muito pré mesmo :)
    Piloto: agarro pois, anjo!

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  9. "...tudo muito parco, mas feliz e asseado."
    Gostei particularmente desta noção, diz tão pouco mas que é tanto...
    Memórias destas, e deves ter muitas, são a pedra filosofal da tua individualidade, de quem és. Nunca te esqueças desses episódios Smoo! Na dúvida da memória, escreve-os!
    Beijos na testa!
    F

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