Conversas de Ano Novo

Sim, passei bem o ano.
Comi mais do que seria possível a um ser humano enfardar, mas estava tudo tão apetecível, a companhia da família 5 estrelas.
Bom demais para desperdiçar. Não sei que raio nos acontece quando sentamos à mesa a comer e de repente: vapt vupt, já é meia-noite.
Acho os relógios indecentes, a sério...
Seja como for, seriam uma da manhã, já os anfitriões cabeçeavam de sono, e nós, people mais jovem e tal (cof cof) continuávamos a picar a mesa e a conversar.
Foi quando tive um tête-à-tête com a minha sobrinha-neta.
"- Tiiaaa.... És minha tia verdadeira ou falsa?"
Claro está que a risota se instalou de imediato.
"-Sim, sou tua tia verdadeira."
Nisto a mãe dela mete a colher: "- Pensavas que a tia era falsa? Mas olha que ela não é só tia. É tia-avó."
Após uns segundos a processar dentro daquela caixa de pensamentos, deixou-a baralhada ou seria do adiantado da hora.
"- Então passas a ser minha tia emprestada!"
Ora óbviamente que me revoltei! Emprestada nunca!
Começou então a desfiar o rol dos vários tipos de tias que tem: as verdadeiras, as emprestadas e as falsas.
Depois de várias personagens citadas, fiquei elucidada acerca do meu status. Eu sou tia verdadeira, assim como as irmãs da mãe dela; as tias emprestadas, são as amigas da mãe a quem ela resolveu chamar tia; e as falsas, que basicamente são todas as mulheres com que interage, mas que não lhe são rigorosamente nada.
Conclusão: esta miúda é uma pseudo-tiia!
P.S.: Quando lhe perguntaram que tipo de tia era a C., não hesitou em colocá-la no cestinho das verdadeiras! Amuei!!