Gostaria de poder tornar a ser a menina inocente de tempos idos. Desconhecer a maldade que me rodeia, ignorar as segundas intenções.
Não ter qualquer conhecimento do mal que há no mundo, das atrocidades físicas e mentais que nos incutem diariamente.
Perdi essa inocência e passei a sofrer a cada desilusão, a cada revés, a cada pedra que viro.
Durante muitos anos, consegui contudo, reservar um pequeno refúgio mental, bem escondido dentro de mim, onde me refugiava a cada tormento.
Um esconderijo tão secreto que apenas eu sabia da sua existência no meio da selva caótica em que o meu cérebro se foi transformando à medida de cresci.
Lá, guardei tudo o que de mais secreto comigo se passava, todas as experiências novas. Todas as minhas descobertas, grão a grão, do meu corpo, do meu sexo, das meninas e dos meninos, da vida no geral.
Criei um banco de dados tão poderoso e bem guardado, que achei estar preparada para enfrentar a vida.
Como me enganei...
Cresci, mais inocência fui perdendo e deixei de caber no meu refúgio.
Acabei por esquecer tudo o que aprendi, deixei de ter acesso às minhas informações e assim fui ficando, perdida, no oceano de maldade que me rodeia.
Sim, estou com a neura...
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Todos nós temos momentos assim... em que não sabemos de nós, mas acredita que acabamos sempre por nos encontrarmos a nós próprios.
ResponderEliminar(a propósito de um comentário feito no Café... sugiro que dês um salto aqui: http://tudooquevaleapena.blogs.sapo.pt/335.html)
Bj
O refugio por vezes faz bem, mas tb n é bom guardamos tudo para nós. Qdo guardamos de mais, depois ja n conseguimos guardar e não se reconhecemos.Temos atitudes que não condiz com a nossa maneira. Temos é que aproveitar a vida sem receio. Qdo precisares de um ombro amigo tenho dois. Bjos
ResponderEliminarComo te compreendo miga!!!!!!!!!!
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