Às vezes, macacos me mordam!, parece que alguém anda a brincar comigo...
Ou estas cenas são apenas grandes coincidências, ou partidas do destino ou alguém com um sentido de humor muito apurado anda a brincar...
Ofereceram-me um livro, chamado "Em busca do carneiro selvagem", de Haruki Murakami.
Agora ando a ser perseguida por carneiros?
Seja como for, como um livro virgem é algo que me provoca uma alergia imensa, comecei a lê-lo.
Ao principio, de pé atrás, tipo: o que vai sair daqui? A história não fazia qualquer sentido e não lia referência nenhuma ao tal carneiro selvagem...
Seja como for, como gosto de ler e consigo tirar um sentido às coisas mais sem sentido desta vida (dizem que sou irreal... serei?) e a história não estava a fazer qualquer sentido (para tornar tudo ainda mais irreal, a minha leitura foi constantemente quebrada por uma linha paralela de pensamentos que me levavam a outros carneiros e a algumas marradas, umas mais fortes que outras, mas não deixam de ser marradas. Ou cornadas, como queiram chamar-lhes...), lá continuei a passar as folhas, umas atrás das outras.
Tal como num striptease, de cada vez que virava mais uma página, as coisas se íam tornando cada vez mais interessantes, apesar de continuarem a não fazer qualquer sentido (pelo menos à primeira vista...), senão vejamos: uma vaca leiteira (meu deus! uma vaca no meio de um livro sobre carneiros selvagens! Não pode ser coincidência!) a tentar trocar uma ventoinha por um alicate, para poder abanar um pessegueiro? Totalmente irreal, surreal, o que quiserem, mas acho lindo este mundo absurdo. A personagem principal passa o tempo todo a imaginar os dedos das mãos do pessoal com quem se cruza, a separarem-se das respectivas mãos e "caminharem" para ele. Já tive um sonho assim também... (não, não fumei nada...).
Por falar em fumar: o fulano está sempre a puxar do cigarro. A descrição do acender do cigarro, o puxar da primeira fumaça até ao expelir do fumo... a descrição é tão real, tão bem feita que eu própria me sinto tentada a puxar de um cigarro. E ultimamente bem me tem apetecido fumar um cigarrito. Só um...
Seja como for, a história está a tornar-se interessante, o tal carneiro selvagem já apareceu ao barulho, etc e tal. Garanto que vou aqui passar alguns trechos, uns que me fizeram pensar, outros que me deixaram baralhada e outros que mais me parecem uma coincidência terrível de factos parecidos com os meus, e alturas em que a escrita parece a minha (tenho de encontrar as minhas histórias e escrevê-las aqui...).
Por agora chega. Volto mais logo!
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