Pérola

PitaPata - Personal picturePitaPata Cat tickers

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Que porra!, não tenho sono

Neste momento não há assim nada de específico para dizer, mas por qualquer motivo assim mais para o estranho, apetece-me desesperadamente escrever. Quanto mais não seja, escrever por escrever. Escrever à toa nem sempre é o ideal, acabo por escrever (dizer) aquilo que não quero e isso arrasta atrás de si uma panóplia de consequências nem sempre agradável.

Os dias têm sido cansativos, longos e não sei se já referi, mas têm sido cansativos.

Durante este mês, tenho estado a dar formação naquele local onde o sol brilha sempre. Ainda não temos acesso à internet, pelo que a formação tem decorrido de forma “ordeira”.

Formação? Ordeira? Mas estou aqui a enganar quem?

Tem sido o caos!

Acho que só ainda não enlouqueci porque a estagiária vai dando uma mãozinha (por acaso acaba mesmo por dar as duas e não dá mais porque não tenho tempo de me coçar, quanto mais delegar…).

Os meus formandos são impecáveis, nada de reclamações a fazer. No entanto…, ainda não entendi se trocaram todos os respectivos dias de formação (distraídos…) ou se tiveram pressa em rever-me/conhecer-me.

Sim, alguns são formandos de outros carnavais, e as nossas relações continuam cordiais e bem dispostas como o eram há dois anos atrás.

De vez em quando alguém me atira um comentário, acerca da forma como os formandos me estimam e como se recordam facilmente do meu nome. A verdade é que isto acontece desde que deixei de trabalhar com gente. Gente que aos olhos das minhas chefias, deveriam ser tratados como números. Detesto números, logo: detesto gente.

Agora é diferente. Estou rodeada de Pessoas. Ok, de vez em quando lá aparece uma ou outra gentinha… Mas já não tenho de lidar com isso da mesma forma. É diferente. E ainda bem.

Ando cansada, sim. Mas chego a casa com a sensação de dever cumprido. Venho o caminho todo a pensar, que aquilo que programei, não é o ideal para a Pessoa A, que a Pessoa B necessita de um acompanhamento diferente, que a Pessoa C necessita de exercícios extra porque é rápida na resolução dos execícios que distribuo.

É assim que se trabalham Pessoas. Indo ao encontro das suas reais necessidades/capacidades.

Dantes… Ui, dantes.

Dantes todas as ovelhinhas no curral (as gentes, os números, as estatísticas!), “comiam” aquilo que lhes dávamos, comiam sem piar, aprendessem ou não, naquele limite temporal e “mainada”! Era “formar” mal e porcamente, para rapidamente dar lugar a novas inocentes e incautas ovelhinhas. Era sempre a andar!

Confesso que nem sempre me senti orgulhosa. Aliás, acho que nunca me senti. Nunca senti um “dever cumprido”, uma necessidade (ou sequer tempo!) de re-adequar conteúdos para auxiliar os meus formandos.

Deito-me pela calada da noite (hora que mais dá que falar…), cansada e já de olhos fechados, não sei como subo a escada e me enfio nos lençois; quando chega o fim-de-semana mal posso acreditar que posso usufruir de mais umas horinhas de sono.

Mas sabem? Vale bem a pena.

E o resto, as novidades, ficam para outro post, porque mesmo com Metallica aqui a bombar, as cortinas da alma já começam a fechar-se.

Sendo assim, boa noite e durmam bem.

1 comentário:

  1. Vês, como no correr das letras encontraste tanto que escrever... e o sono chegou?
    As novidades? Contas depois!
    :-)

    ResponderEliminar

Related Posts with Thumbnails