Pérola

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quinta-feira, 16 de julho de 2009

O 2º andar daquele prédio…

Avancei, sem medos, mas com receio. O nó no estômago acompanhou-me até Lisboa. Apenas desapareceu quando entrei no 781.

Aquela coisa é bem para lá do Cu de Judas, nunca tinha ido para aquelas bandas, confesso. Ao mesmo tempo, houve algo todo o caminho que me pareceu familiar…

O dito edifício foi fácil de encontrar, pior mesmo foi a entrada. Todo o prédio tem oficinas de automóveis à volta, a entrada principal ela própria parece a entrada de uma oficina, os assobios começaram por um terminaram em sinfonia… Sim, Marie… Venho com o ego nos píncaros. Sabe bem, no fundo. Bem… mas o aspecto do prédio era mesmo de fugir. Mas eu não viro as costas…

Quando me preparo para tocar à campainha, vinha um sujeito a sair que me pergunta se vou subir e para onde. Lá lhe expliquei e ele responde que estavam lá umas meninas (!) sentadas, e acrescentou que era no 2º andar.

Comecei a subir as escadas, quando dei por mim estava em frente de uma placa que dizia 3º andar. “Estou mesmo distraída…”. Volto para baixo… a porta por onde entrei! “Mas que raio!”

Torno a subir, de sentidos bem despertos, e mal termino o primeiro lanço de escadas, dou de caras com a placa do… 2º andar. É assim… aquilo para mim, é um 1º andar, mas ok.


As tais “meninas”, aparentemente eram as “recepcionistas” da empresa onde fui e de uma outra e estavam na sala de espera comum, em alegre cavaqueira. Disse ao que ia, pediu-me para aguardar, e passeei um pouco pela sala. Digo-vos… Aquele sofá e as poltronas (“lindos” e coçados, como podem comprovar) cheiravam tanto, mas tanto!, a cão molhado que não vos passa pela cabeça!


Felizmente não tive de ficar ali muito tempo, apesar de ter conseguido chegar quase uma hora mais cedo do que o previsto, fui de imediato chamada. A “recepcionista” conduziu-me a uma sala, aí com uns… 4 x 2 metros. Porta e paredes de vidros fumados na parte de cima, ripado de madeira em baixo, em três dos lados, do outro uma parede. Uma mesa comprida ao centro, seis cadeiras daquelas que fazem doer o “béfe”, uma ventoinha de mesa no chão e mais nada! Lembrei-me das salas de interrogatório! Não que já tenha estado em alguma… (cof cof).

Senti-me de tal forma enfiada numa situação caricata, que não conseguia parar aquela vontade incontrolável de rir. De repente, entra o entrevistador. Muito cordial, muito simpático e correcto.

Muito bla bla bla de início, lá apresentou a empresa, pegou no meu CV e começou a perguntar…, a sondar…, e a páginas tantas, entendi o porquê de tanta insistência em ter-me como colaboradora (há mais de um mês que me ligava, enviava emails, sms a tentar marcar uma entrevista). “Então trabalhava na FXXI. Há uns anos entrámos em negociações com eles para… Fiquei com boa impressão.” Se tu soubesses… lol

Mais questões, os manuais que desenvolvi, a prática com captura de vídeo, isto, aquilo e aqueloutro. A páginas tantas, sob o pretexto de ter uma ideia da minha forma de escrita, pediu-me que desenvolvesse dois textos.

Foi quando saiu da sala, e me deixou sozinha, entre aquelas quatro paredes mais parecidas com uma cela, com duas folhas A4 e uma esferográfica. Em 20 minutos “criei” a estrutura de um curso de Word básico e descrevi a utilidade dos Estilos no Word. Quando voltou, guardou-os juntamente com o meu CV.

Saí de lá há hora a que devia ter chegado. Acompanhou-me até ao elevador, e depois de ter carregado no botão diz-me que o elevador está avariado. Dirijo-me às escadas e diz-me: “A saída é no 2º andar.” Ó porra! Decidam-se! Ou o prédio só tem 2ºs andares??

Percurso inverso, sem sobressaltos. Pelo caminho percorri uma espécie de Memory Lane

Xabregas… Sabias, Sopinha?, que prestei provas na Cenjor? E que depois de ser aprovada na prova de Cultura Geral e numa outra que não me recordo o que era, chumbei na prova de… Português!?

Aquela rotunda mais adiante… Ui! O desassossego que passei naquela rotunda. Só me conseguia lembrar de que o P ia enfaixando o carro por ali acima, quando o B começou a desfiar o meu novelo…

Mais adiante, a Casa dos Bicos, que me faz lembrar… esqueçam!

Em chegando ao Cais do Sodré, precisei mesmo de ir ao WC. E foi exactamente assim, sem tirar nem pôr.

No final de tudo isto, o lugar é MEU, o que significa que arranjei um part-time à maneira para complementar o meu outro part-time. E este é bem fixe, bem livre de horários.

E aqui agradeço, as “dicas” do Anjo. Funcionaram na perfeição! :D

2 comentários:

  1. ora vês não te morderam , arranjaste umas coisas fixes e esse chumbo a português vai-te sair caroooooooo
    lol lol
    doppo quero details !

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  2. :p
    Parabenssss!!!
    MAs olha, isso tinha mesmo aspecto duvidoso. lol

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