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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Ando tão sentimentalona que nem me reconheço!

Estou neste momento (mais ou menos...) a preparar as aulas da semana (e isto porque o mau humor anda de cão e sei que vou dormir o mais possível para que o tempo voe). Procurava um exercício que sei que criei em tempos, 100% meu, por isso 100% seguro (!), quando bati os olhos numa folhinha simples que me deixou de lágrima a querer saltar.
Na folha tenho este poema de Maria Cândida Mendonça (penso eu, se estiver errada, alguém me corrija):
A COR QUE SE TEM

Quando for crescida
hei-de inventar
um perfume de encantar.
Quem o cheirar
há-de ficar
com cor de pele
que mais gostar.
Branco ou amarelo
se preferir
preto ou vermelho
é só decidir.
Para alegrar
até estou a pensar
outras cores acrescentar.
Cor de rosa
verde ou lilás
são cores bonitas
e tanto faz.
E assim
há-de chegar
o dia de acreditar
que o valor
de alguém
não se pode avaliar
pela cor
que tem
e então
tudo estará bem.


Pois esta folhinha simples foi-me entregue no final de uma aula, no Verão de 2007, por uma das formandas mais jovens que tive até então, de seu nome Catarina. Nos tempinhos "mortos" da sessão, aproveitava a Catarina para aplicar tudo o que tinha aprendido nessa aula. O poema está impecávelmente formatado, divinamente ilustrado e sem erros de qualquer tipo.
Veio então no final da aula entregar-mo, com aquele arzinho encabulado e disse: "É para ti..."
Como esta folhinha, aqui perdida no meio de exercícios enfadonhos, tenho várias folhinhas, espalhadas não sei por onde... Lembro-me de uma formanda mais crescidita me ter desenhado numa folha de papel. Sei que vi esse esboço algures. Tenho de juntar tudo.
É por isto que vale a pena...

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