Desafio pecaminoso

Andava ontem a visitar os blogs do costume, quando parei no blog de Alguém e após atenta leitura decidi abraçar o desafio que deixou aberto a quem o quisesse agarrar.

Ainda achei mais piada pelo facto de há duas noites atrás ter estado a falar de pecados mortais e apesar de achar que qualquer um dos 7 itens abaixo nos poderem matar, não os considero de todo pecados, ou não fosse eu uma agnóstica ateísta convicta.

O desafio traduz-se na confissão dos nossos 7 Pecados Mortais tendo em conta a seguinte definição dos mesmos:

Gula: Comer a toda a hora e/ou além do necessário;

Avareza: Cobiça de bens materiais e/ou dinheiro;

Inveja: Desejar atributos, status, posses e/ou habilidades de outra pessoa;

Ira: É a junção dos sentimentos de raiva, rancor e ódio. Por vezes é incontrolável;

Soberba: Falta de humildade, alguém que se acha auto-suficiente:

Luxúria: Apego aos prazeres carnais;

Preguiça: Aversão a qualquer trabalho ou esforço físico.

As regras do desafio, por sua vez, são as seguintes:

* Revelar a nossa relação com os pecados capitais;

* Nomear outros 8 blogues para responder ao desafio.

Cá vai então:

Gula: a minha relação com a comida sempre foi de amor/ódio. Em catraia odiava ter de passar tanto tempo à mesa, sempre a fazer a mesma coisa: comer! Depois cresci e descobri que comer é realmente um prazer. Sou gulosa por natureza, não por doces em especial, que é a conotação habitual, mas sou capaz de comer até pouquinho-antes-de-rebentar, um bom tacho de feijoada. Só de pensar já salivo...

Avareza: Disto acho que não sofro de todo. Mas se me lembrar de algo volto aqui.

Inveja: Inveja tenho... Tenho inveja do pássaro que voa, inveja do sol que brilha, inveja do rio que corre, da lua que contempla... Bolas!, nem pecado é...

Ira: Bom, se só um valer já tenho para onde ir, não é? Não perdoo facilmente. E o que perdoo não esqueço. Sinto muito na pele tudo o que me seja feito ou dito e isso pode resultar em dois cenários distintos: ou me calo e vou remoendo cá dentro algo que vai crescendo até ter tamanho suficiente para sair, ou expludo na hora e levo tudo à frente... Nada pior que raiva não controlada.

Soberba: Não... Sou muito humilde. Não sei tudo e o pouco que sei gosto de o partilhar com todos os que aceitem o que dou e aos que são suficientemente humildes para admitirem que não sabem tudo. O resto... são pérolas a porcos.

Luxúria: A haver de facto o tal inferno, devo ter uma fogueira reservada. Pouco me importa que me chamem de ninfomaníaca, tarada ou o que seja. "A carne é fraca, mas o molho, esse é excelente!"

Preguiça: Sofro deste mal desde o dia em que nasci. Às vezes oiço mesmo o diabinho num dos ombros a incitar-me a "ne faire rien", e do outro ombro um anjo a insistir "vá lá... depois de feito podes mandriar à vontade". Como sou Leão, mando os dois à fava e faço como me dá na real gana.

Cada vez mais sei, que quando partimos não levamos nada senão o que comemos, o que bebemos e o que gozamos. Por isso, privar-me para quê? Viver a pensar no que poderia ter feito? Não...

Então se é pecado, peco e ponto final. Morro na mesma... peque ou não.

Não tenciono passar o desafio a ninguém. Isso seria como pedir a alguém que se confesse, algo a que não é obrigado e o que eu respeito muito. Também não colocaria ninguém na posição de mentir, porque isso é feio (pecado ou não, não sei...). No entanto, sintam-se à vontade para agarrar o desafio também.

E agora vou ver dos queques de cenoura que estão no forno, que tenciono partilhar entre lençóis mais logo (olha... 3 pecados de um pazada!).