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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Compras de Natal! Que alegria! (or not...)

Tendo em conta que o fim-de-semana das pessoas "normais" se inicia na sexta à noite, iniciei o meu fim-de-semana prolongado, nas rotineiras compras da semana.
Mais uma vez, foi espectacular, já que foi outro weekend Mother-in-law free!!
Não me lembro do que fiz o resto da noite, sei que fomos para casa jantar, mas não me recordo de muito mais.
Mas lembro bem, de ter acordado no sábado. Aparentemente na sexta deitei-me nua e foi com ela enroscada em mim que acordei.
Só não reclamei de me estar a sugar todo o calor, porque me acordou de forma bastante prazeirosa. Devia ser meio-dia, penso eu...
Levantámos às 17 horas, vencidas pela fome. Depois de um lanche reforçado, convenceu-me a sairmos para iniciar as compras de Natal.
Preciso de lembrar alguém, de que o fim-de-semana em causa foi de frio, chuva e neve lá para o centro e norte do País?
Não, pois não?
Pois ela acabou por me (des)enfiar no Freeport...
Um frio de rachar, um vento doido que entra por qualquer casinha de botão, por qualquer dente de fecho eclair e a chuvinha tão fresquinha, que fura por entre qualquer mecha de cabelo para deslizar pela nuca...
Foi sem dúvida um dia esplêndido para fazer compras no Freeport.
Pelo menos adiantámos algumas das prendas de Natal, com ela sempre a perguntar "E o que vamos dar a este? E àquele? E aqueloutro?", e eu só a pensar que não ando com o menor pau pra Natais...
Hora de dar ao serrote, resolvemos terminar por ali as compras.
-"Queres jantar por aqui? Podíamos rachar uma telha..."
- "Pode ser", - respondi.
Íamos a caminho do carro para deixar os sacos e decidimos não voltar para trás, só para ir jantar...
Optámos então por regressar ao Montijo e ir comer um bom bife com molho de camarão no nosso restaurante de eleição.
Passámos de carro à porta, estava cheio e com uma "pequena" fila de pessoas em fila de espera.
Olhámos uma para a outra e continuámos caminho.
Onde vamos, onde não vamos....
- "Olha, vamos ao chinês da nossa rua. Reabriu na 5ª feira...", disse-lhe eu.
E fomos em direcção a casa. Já que ficava perto, dava para levar o carro para o estacionamento, levar as caixas e sacos para casa e sair descontraídamente para o restaurante.
A pé! Sim, porque por vontade dela, tirava o carro do estacionamento e dava a volta ao quarteirão apenas para já estar lá. Foi uma forma de a obrigar um pouco a andar.
Chegando à porta do chinês, começámos a ouvir o natural som tuga dos restaurantes, ou seja o "cagaçal total" que todo o bom tuga parece gostar de fazer quando se reunem em locais destinados a morfar. Nunca entendi este costume absurdo de berrarem quando vão a um restaurante. Se daquela mesa berram, da outra ao lado terão de berrar mais para se ouvirem, e ao fim de uns minutos, parece uma tasca em dia de desaguisados...
Bom, tudo isto para dizer que aquela merda estava cheia até ao tecto.
Limitei-me a abrir a porta, meter o nariz um nadinha lá dentro e fechei-a de novo.
- "Amor, vamos pra casa!", disse-lhe.
Começou a chover quando regressávamos a casa.
Só pensei em entrar e atamancar alguma coisa para o jantar.
Enquanto descia das minhas botas ela espreitou a arca, em busca da refeição perfeita.
Encontrou uma sapateira e perguntou-me se estava afim.
- "Nem procures mais!"
Sabia que tinha bastantes cervejas no frio, tinhamos pão e manteiga, parecia-me bem.
No domingo acordei igualmente tarde e nua. O frio lá fora e o bater da chuva nos vidros, convidavam sem dúvida a ficar no quente da cama, mas os beijos dela convenceram-me mais uma vez, a sair de casa, enfrentando frio e vento :s
Mais uma voltinha por espaços comerciais e sinceramente, só mesmo por amor, porque odeio andar arrastada de loja em loja... Não sou uma gaja normal, decididamente.
E às vezes penso, na quantidade de gajas que desejariam estar no meu lugar, com alguém por trás sempre a dizer "compra essa e a outra", "traz", "fez-se pra gastar", etc..
Voltámos para casa já tarde e acabámos por jantar nem sei muito bem o quê.
Deitei-me seriam umas quatro e meia da manhã, nem sei em que empatei tantas horas e ela estava entretida no pc. Mas como segunda era feriado, que se lixe.
Feriado, mas quase pareceu dia de trabalho para ela. O telemovel não parou de tocar, eram clientes aflitos e ela fez da cama escritório, ligando para os empregados, tudo a mexer-se, distribuir trabalho e "se precisarem de mim liguem-me que eu vou ter convosco".
Os empregados já nem fazem caso dessa deixa... Ela é boa patroa, é respeitada e todos eles sabem que o trabalho não lhe mete medo. Apesar de patroa, trabalha ao lado deles e eles bem sabem que férias é algo que ela não conhece há pelo menos 4 anos...
Acabadas estas chamadas, toca de novo o telemovel. A sogra!
Ainda nós estavamos no quente do vale de lençois e ela a perguntar se queriamos ir almoçar fora. Não!
Levantámos às 15:00.
Tomei um duche e ela quis sair de novo para "terminar as compras".
Pronto... mais um esforço e vou...
O carro seguiu numa direcção que não me fazia adivinhar nenhum dos locais de peregrinação de quem quer gastar dinheiro. Quando dei por mim, estava à porta de casa da sogra... (palpita-me que o meu duche não me deixou ouvir alguma chamada telefónica...).
O meu sobrolho deu sinais... E se tinha dúvidas, perdia-as quando a sogra se queixou de qualquer coisa da máquina da loiça e me disse algo do género: "Como não demoravam a chegar, esperei que viesse ver." Ela não tem bola de cristal para adivinhar se lá vou ou não, mas tem telemóvel...
As "compras" resultaram assim no prazer que devem as duas ter tido de se fazerem acompanhar de alguém tão, mas tão mal humorada, que os meus olhos deviam faiscar.
É claro que acabámos por não comprar nada, apenas a sogra comprou a árvore de natal, que este ano quis branca por ser "mais fina" (?), mas que teve o mau gosto de decorar com todas as cores do arco-iris que tinha na caixa dos enfeites de sempre.
Ela passou o resto da noite a pedir desculpa. Vou deixá-la rastejar mais um pouco.
Porra!, 4 dias em compras e depois sou enganada?
Rasteja mais um pouco, amor...

2 comentários:

  1. O que é uma pequena contrariedade depois de 4 dias bons?!
    Deixa lá...
    Por esses lados eu sei onde iria jantar!
    Ia como um tiro a Sarilhos Grandes às enguias.... Oh se ia!

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  2. Não foi assim uma pequena contrariedade... Foi "levar" ca sogra sem estar à espera e muito menos sem vontade para tal... enfim!
    Quanto a Sarilhos Grandes, as enguias... é bichito com que nunca atinei, a sério. Eu ía muito ao lado, às lamejinhas. Bem melhor :D
    Mas se queres que te diga, devias experimentar vir até à frente ribeirinha do Montijo, na zona a que chamamos de "docas" do Montijo. Procura Maré Cheia. É de ir e voltar por mais vezes ;)

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