Contemplem o opróbrio que me é infligido e que terei de padecer por dias sem fim. Estes são os laços de infâmia que imaginou para mim o novo senhor dos bem-aventurados! Ai de mim, ai! que choro pelos males presentes e pelos que me esperam. Depois de que provas brilhará para mim o dia da libertação?
Mas, que digo? Acaso não sei de antemão tudo o que me espera? Nenhum infortúnio me virá que não tenha previsto. É preciso aceitar a nossa sorte com ânimo sereno, e compreender que não se pode lutar contra a força do Destino.

Excerto da peça de teatro grego Prometeu Acorrentado, de Ésquilo.
Prometeu agrilhoado (imagem retirada da Internet)
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