quarta-feira, 2 de maio de 2007
Ser punk...
"Se te vestires de forma a seres identificado como pertencendo a determinado grupo (do qual provavelmente não farás parte, mas vestes porque achas cool!), nunca serás levado a sério como individuo.É verdade que o look agora é vendido como moda. Lembro-me de ter 13/15 anos, viver numa terrinha medíocre e sempre ter sido diferente. Usava uma corrente no tornozelo quando ainda ninguém o fazia, usava uma série de argolas pela orelha acima, sem sequer ter as orelhas furadas (não perguntem como se aguentavam ali, pois não me lembro), usei uma trança finissíma mais comprida que o resto do cabelo (cabelo meu e não desses cabelos artificiais que agora até já se vendem em estado de pré-rástia...), calças de ganga rasgadas, correntes, caveiras, etc..., alguns dos adereços era eu mesma que fazia. Agora tudo isto é comercial. Se passearem por algumas lojas vão reparar na quantidade de t-shirts com caveiras feitas de brilhantes, a palavra Punk estampada em dourados ou prateados, frases sem nexo com letra gótica, ... Agora os estilos vendem-se. Lembro-me de abrirem em Lisboa as primeiras lojas vocacionadas para os punks. As pessoas que se consideravam "normais" evitavam, inclusivé, passar em frente da porta. Agora em qualquer loja mais coquete da moda, compram uma qualquer peça com uma caveira e acham-se punks...Mas não são apenas estes. E os pseudo-góticos? Essas miúdas que andam por aí todas vestidas de preto, com a mania que são góticas por causa da cor que vestem, e que para reforçar que são realmente góticas, se cortam?Enfim, as aparências iludem, e é isso que hoje se compra: aparências. O que não se compra, é o espírito. Como Malleus escreveu: "e como andar com uma placa a dizer "eu nao me importo com o que voces pensam, eu nao sou como voces e tenho orgulho disso". - nem mais! Neste momento tenho 36 anos, continuo a rebelde que sempre fui mas não necessito das minhas correntes e caveiras para me lembrar de quem sou. Já me encontrei há muito tempo e não me esqueço da minha filosofia. "
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